A Asma acomete 300 milhões de pessoas de todas as idades e raças (GINA, 2004) e o Brasil ocupa o 8º lugar em prevalência dessa doença alérgica no mundo (ISAAC,1998), sendo responsável pelo 3º lugar em nº de internações em 2001 (Datasus).
A prevalência de doenças alérgicas vem aumentando muito no Brasil sendo atualmente de 35% da população. A asma atinge hoje 25% da população entre as idades de 6 a 14 anos(dados do ISAAC-1998).
Até 1970 as alergias no Brasil atingiam 10% da população, porém entre 1970 e 1990, 20% da população já tinha algum tipo de alergia. Atualmente são 30/35% da população com alguma manifestação clínica.
As casas eram com piso de taco, móveis de madeiras, poucos tapetes, carpetes, poltronas, almofadas e as camas tinham colchões de crina ou outros enchimentos naturais, os animais viviam fora de casa, os brinquedos eram de madeira ou pano e se brincava nos terreiros ao ar livre e sob o sol.
O meio ambiente influencia diretamente as manifestações clínicas nas alergias. Por exemplo: - populações do interior da Amazônia, do Kênia e da Nova Guiné não apresentam asma sintomática;
- Populações da área rural da África não apresentam asma e podem apresentar quando mudam para as cidades grandes;
- Indivíduos geneticamente predispostos a asma podem não desenvolvê-la se não forem agredidos pelo ambiente;
- Indivíduos que vivem mais fora de casa têm menor tendência a manifestar sintomas alérgicos;
- Quanto mais alérgenos ambientais são detectados maior o risco de sensibilização ou de sintomas clínicos (Climed APReis).
O controle ambiental é a recomendação primária em todos os “guidelines” para asma incluindo o Guidelines for the Diagnosis and Management of Asthma 2007.
O IV Consenso Brasileiro no Manejo da Asma de 2.006 recomenda: “Todo tratamento deve ser acompanhado de medidas de controle ambiental” (APReis-Climed).