domingo, 24 de abril de 2011

Alergia ao Chocolate - Verdade?

A alergia ao chocolate ainda não está totalmente esclarecida, ou seja, não existem estudos estatísticos seguros, que indiquem que a relação alergia/chocolate seja verdadeira. O que se sabe é que a  alergia verdadeira ao cacau contido no chocolate é bem rara.
Para alguns especialistas, as pessoas têm intolerânica ao chocolate, isto é; não conseguem metabolizar adequadamente (por falta de alguma enzima) algumas substâncias presentes no próprio cacau ou em outros ingredientes do chocolate e para outros, existe sim, reação alérgica ao chocolate, que podem causar sensibilidade a longo prazo, com manifestações clínicas típicas da alergia, como coceira, vermelhidão generalizada, inchaço de pápebras e lábios. 

Veja a lista de alguns componentes dos chocolates:
1. Leite – a maioria dos ovos de páscoa leva leite em sua composição.
2. Amendoim, nozes, castanhas
3. Trigo e glúten – o recheio de alguns tipos de ovos é feito com uma pasta que utiliza farinha de trigo ou amido de trigo ou malte de cevada.
4. Soja - a lecitina de soja é usada como estabilizante na manufatura do chocolate
5. Milho - usado principalmente no chocolate branco sob a forma de xarope de milho.
6. Cafeína – é encontrado em quantidades baixas, sendo que o chocolate escuro tem mais cafeína do que o chocolate ao leite.
7. Aditivos – corantes, essências, conservantes, aromatizantes, entre outros
Observação: O chocolate contém alguns agentes farmacológicos como a teobromina e a feniletilamina, que podem ocasionar efeitos indesejáveis, porém não alérgicos.


A verdade é que após a Páscoa crescem os casos de alergia, principalmente nas pessoas com passado de hipersensibilidade cutânea ou asma brônquica. As alergias alimentares são mais freqüentes nas crianças, sendo encontradas em 28% dos indivíduos com passado de hipersensibilidade. As proteínas encontradas no chocolate podem acionar o sistema imunológico e levá-lo a uma  reação exagerada. Anticorpos e as histaminas são lançadas no fluxo sanguïneo em uma tentativa de neutralizar a proteína do chocolate. Estas substâncias desencadeiam os sintomas alérgicos.
Existem textes para se confirmar alergia a chocolates, um deles é o chamado Teste de Desafio Alimentar, que coniste em:
  1. Evitar todos os chocolates por várias semanas.
  2. O médico irá dar-lhe o chocolate puro, sem qualquer um dos outros componentes normalmente encontrados no chocolate processado. Esse teste deve ser administrado sob supervisão de um alergista.
  3. Se você for verdadeiramente alérgico ao chocolate uma reação séria poderá ocorrer e o atendimento médico de emergência poderá ser necessário.
  4. Se os sintomas aparecem dentro de duas horas após o uso do chocolate, então você é alérgico e terá que evitá-lo.
A prevenção pode ser difícil, pois o cacau é muitas vezes encontrado em outros alimentos, como bolachas, bolos, balas e etc.
Porém, lembre-se que os chocolares fazem a alegria de crianças e adultos, portanto consulte um alergista antes de proibir o consumo dos mesmos.

A base do tratamento da alergia alimentar é afastar o alimento suspeito e se necessário, substituir por outro de igual valor nutricional. Por isso, é importante que familiares e pacientes leiam cuidadosamente os rótulos, identificando os nomes que possam corresponder ao alimento a ser evitado.

* O próximo post será sobre os benefícios do chocolate!
Feliz Páscoa! Saúde e Paz!


sexta-feira, 15 de abril de 2011

A imunoterapia na Alergia


A imunoterapia foi introduzida em 1911 (Noon e Freeman),  inicialmente destinada para tratamento da rinite alérgica. Consiste na administração de alérgenos em doses crescentes, com o  objetivo de dessensibilizar os pacientes alérgicos ou de prevenir os sintomas decorrentes da exposição natural a esses alérgenos1.
A seleção e a concentração dos alérgenos (substâncias capazes de estimular o sistema imunológico de indivísduos susceptíveis) a serem utilizados na imunoterapia específica são baseadas nos resultados dos testes alergológicos, que fornecem dados precisos para uma adequada avaliação, qualitativa e quantitativa, do perfil das doenças alérgicas.
Os mesmos extratos alergênicos utilizados nos testes alergológicos devem ser, preferencialmente, utilizados na imunoterapia específica.
A Organização Mundial de Saúde recomenda a imunoterapia específica como uma forma de tratamento comprovadamente eficaz nas doenças alérgicas mediadas pela IgE, como rinites, rinoconjuntivite alérgica, asma atópica e reações alérgicas ao veneno de picada de insetos. Está ainda indicada nos pacientes com baixa resposta ou efeitos colaterais graves aos medicamentos empregados no controle sintomático da asma e outras manifestações alérgicas.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Teste de Alergia - Testes alérgicos

Teste cutâneo (prick test)
É um método diagnóstico seguro e indolor. Após  história clínica e exame físico, deve ser realizado pelo médico ou especialista que determinará quais substâncias podem ter importância no quadro clínico e, portanto, deverão ser avaliadas. O desconforto pode ocorrer pelo prurido (coceira) localizado à área do teste, no caso da reação positiva.
Na maioria das vezes é realizado no antebraço após higiene local com algodão e álcool. O resultado é obtido em 15 a 20 minutos e a reação positiva consiste na formação de uma pápula vermelha, semelhante à uma picada de mosquito. Esta reação indica presença de IgE específica ao alimento testado. Algumas vezes torna-se necessário realizar o teste com o próprio alimento in natura.
Em algumas situações, o teste cutâneo deve ser substituído pela dosagem de IgE específica no sangue. São elas: necessidade de uso diário de anti-histamínicos (antialérgicos), não disponibilidade de material para teste, presença de eczema severo ou história sugestiva de reação intensa (reação anafilática) a determinado alimento. Muitas vezes o alergista realiza as duas formas de avaliação para ter maior segurança no diagnóstico.


Teste de contato (patch test)

Os testes são fitas adesivas contendo pequenas câmaras onde serão colocadas as substâncias a serem testadas. Cada fita tem dez câmaras e ,geralmente, são colocadas três fitas, testando-se, então, trinta substâncias. Os testes são colados sobre a pele do dorso do paciente e aí permanecem por 48 horas. Após este período o paciente retorna ao consultório e as fitas são retiradas. Às vezes, é necessária uma segunda leitura, geralmente realizada 24 horas após primeira.Observa-se a ocorrência de alguma reação alérgica nos locais onde foram colocadas as substâncias testadas. Conforme o grau da reação a cada substância o teste é interpretado como negativo, duvidoso, positivo (fraco, médio ou forte).



Cuidados Antes do Teste de Alergia

As drogas abaixo relacionadas interferem com o teste e devem ser suspensas pelo período indicado. No caso de impossibilidade da pessoa ficar sem o uso desses medicamentos o teste não deverá ser feito pois dará falso negativo:
•Antialérgicos – 7 dias
(Inclusive antialérgicos em associação com outras drogas, como no caso de antigripais e antialérgicos tópicos, como Livostin, Rino-Azetin ou Rino-Lastin).
•Cimetidina e Ranitidina – 2 dias
São remédios usados para tratamento de gastrite e outros problemas de estômago.
•Corticóides sistêmicos (Decadron, Celestone, Meticorten, Calcort) quando o paciente os está utilizando há mais de 10 dias esperar 30 dias após a suspensão. Se o uso for menor do que 7 dias, não há necessidade de se aguardar esse tempo.


Algumas drogas usadas em psiquiatria:
•Imipramina - um tipo de antidepressivo tricíclico (Anafranil, Tofranil).
•Fenotiazina - um antipsicótico
•Clorpromazina (Amplictil) – 10 dias.


Drogas antiasmáticas
•Broncodilatadores de longa duração (salmeterol e formoterol) – 2 dias.


obs = Não é necessário nem desejável que o(a) paciente esteja em jejum.
Fonte: http://www.dralergia.com.br/clinica.html