No útero materno, o tubo digestório do bebê é estéril (sem microrganismos). Após o nascimento, todo o tubo é contaminado por bactérias do meio ambiente, que entram pelo nariz e boca, colonizando desde a faringe até todo o trato intestinal.
As bactérias aeróbias (usam oxigênio para produção de energia) presentes no intestino são as primeiras a se fixarem. Depois, quanto não há mais oxigênio disponível, surgem outras bactérias, as anaeróbias - como as bifidobactérias e os bacterióides, formando a flora bacteriana, que pode ser permanente e outra transitória
.
A permanente fica aderida às células da mucosa do intestino, são os chamados de microorganismos estáveis, que se multiplicam com rapidez e estão bem adaptados ao organismo.A flora transitória não se fixa na mucosa, coloniza a parte superior do trato digestório e varia conforme a alimentação e o meio ambiente. Resumindo a composição da microflora depende: da genética, da contaminação ambiental, do sistema imune, do tipo de aleitamento (materno ou artificial), do tipo de parto, do uso de antibióticos e o quorum sensim, que é a capacidade de interação entre as bactérias e as células do hospedeiro, onde a microflora modifica sua expressão ou a atividade dos sítios de adesão pelos mediadores moleculares.
Logo no 1˚ mês de vida, a flora bacteriana já está praticamente estável e com representantes que estarão ali pelo resto da vida da criança. E é no trato gastrointestinal que está o maior número e a maior diversidade de espécies de bactérias que colonizam o corphumano. A distribuição é heterogênea, ou seja, em alguns locais a população de bactérias é reduzida, como por exemplo, no estômago e intestino delgado, onde o ambiente é desfavorável pela ação do suco gástrico, da bile e da secreção pancreática, além do intenso peristaltismo (movimento) do delgado. As bactérias são frequentemente lembradas de forma negativa, como fonte de infecções. Porém a presença desses microrganismos é imprescindível para a saúde humana, cujas funções podem ser antibacterianas, imunomoduladoras e metabólicas/nutricionais. Veja quadro abaixo:
As bactérias aeróbias (usam oxigênio para produção de energia) presentes no intestino são as primeiras a se fixarem. Depois, quanto não há mais oxigênio disponível, surgem outras bactérias, as anaeróbias - como as bifidobactérias e os bacterióides, formando a flora bacteriana, que pode ser permanente e outra transitória
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A permanente fica aderida às células da mucosa do intestino, são os chamados de microorganismos estáveis, que se multiplicam com rapidez e estão bem adaptados ao organismo.A flora transitória não se fixa na mucosa, coloniza a parte superior do trato digestório e varia conforme a alimentação e o meio ambiente. Resumindo a composição da microflora depende: da genética, da contaminação ambiental, do sistema imune, do tipo de aleitamento (materno ou artificial), do tipo de parto, do uso de antibióticos e o quorum sensim, que é a capacidade de interação entre as bactérias e as células do hospedeiro, onde a microflora modifica sua expressão ou a atividade dos sítios de adesão pelos mediadores moleculares.
Logo no 1˚ mês de vida, a flora bacteriana já está praticamente estável e com representantes que estarão ali pelo resto da vida da criança. E é no trato gastrointestinal que está o maior número e a maior diversidade de espécies de bactérias que colonizam o corphumano. A distribuição é heterogênea, ou seja, em alguns locais a população de bactérias é reduzida, como por exemplo, no estômago e intestino delgado, onde o ambiente é desfavorável pela ação do suco gástrico, da bile e da secreção pancreática, além do intenso peristaltismo (movimento) do delgado. As bactérias são frequentemente lembradas de forma negativa, como fonte de infecções. Porém a presença desses microrganismos é imprescindível para a saúde humana, cujas funções podem ser antibacterianas, imunomoduladoras e metabólicas/nutricionais. Veja quadro abaixo:
Bífidobactérias |
As bifidobactérias crescem a uma temperatura aproximadamente 37 graus e num pH entre 6.5 a 7 e elas fermentam os açúcares (entre eles os carboidratos) formando ácido lático e acético, também produzem as vitaminas B1, B 2, B6, B 12, ácido nicotínico, ácido fólico e biotina. Agem como protetoras do fígado, pois impedem a proliferação de microrganismos que produzem substâncias tóxicas que causam doenças. Com isso o fígado é poupado do processo de purificação de substâncias que serão absorvidas pelo intestino delgado. Essas bactérias também, fermentam a lactulose (que é um açúcar que não é digerido pelo intestino delgado humano) transformando-a em ácido lático, principalmente. Esse fato acidifica o intestino, aumenta a pressão osmótica (capaz de retirar água dos tecidos), melhorando o afluxo de líquidos, aumentando o volume das fezes e com isso favorecendo o trânsito.
O intestino delgado absorve, digere e funciona como barreira imunológica quando impede a entrada de macromoléculas e toxinas. A flora bacteriana funciona também como barreira antibacteriana e quando esta não funciona adequadamente, o aumento na permeabilidade intestinal em alguns indivíduos, está relacionada a certas doenças como as inflamações das articulações, doenças inflamatórias intestinais, alergias e muitas outras. Existe um equilíbrio entre os microrganismos da flora intestinal e esse equilíbrio pode ser quebrado pela alimentação, pelo código genético, pelo meio em que a pessoa vive, pelo uso de antibióticos, por stress, por infecções, pela idade, pelo clima, pelo trânsito intestinal, por doenças em outros órgãos.
Fonte:
http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/1167.pdf
Fooks LJ, Gibson GR (2002) Probiotics as modulators of the gut flora. British Journal of Nutrition 88: S39-S49.
Steer T, Carpenter H, Tuohy K, Gibson GR, Steer TE (2000) Perspectives on the role of the human gut microbiota and its modulation by pro- and prebiotics. Nutrition Research Reviews (2000) 13: 229-254.
Em futuras postagens, alguns exemplos de alimentos que contribuem com a flora bacteriana intestinal.
3 comentários:
À propósito deste artigo, certa vez li - não me recordo a fonte - sobre a influência da flora bacteriana sobre a dieta mais desejada pela pessoa. Resumindo a idéia: A consistência genética, proteica, etc do indivíduo atrai para si determinado tipo de flora intestinal, a qual, provocará na pessoa a tendência de gostar mais de determinados alimentos, em detrimento de outros; exemplo: ansiar por carboidratos e rejeitar proteinas, e assim por diante. Teria esta afirmação algum fundo científico, ou é só folclore?
Vários fatores determinam a flora bacteriana, dentre eles a genética e o tipo de alimento e alguns estudos sugerem que a predileção por determinados alimentos têm relação direta com a constituição da flora (que para se manter ou restituir precisa de determinados nutrientes). Porém não podemos nos esquecer das características ambientais, culturais, medicamentosas e etc que também interferem na mesma. São estudos ainda sem comprovação científica, mas as evidências são muitas no sentido da relação direta entre flora bacteriana/predileção por determinados alimentos.
É uma área complexa. Embora na minha ignorância sobre este campo, eu imagino que no futuro breve a medicina tratará da nutrição e da obesidade através do controle de certas glândulas e da flora intestinal - o que, talvez, gerará no paciente o desejo natural de fazer uma dieta que lhe seja adequada. E, neste futuro, talvez dirão: atigamente, controlava-se diabete/obesidade/colesterol/etc forçando o paciente a comer pouco. Enfim... desculpe se a minha ficção não faz sentido; e, grato pela dica.
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